A Importância dos Extintores em Escola: Segurança que Salva Vidas

Quando falamos sobre segurança nas instituições de ensino, a conversa não deve se limitar a câmeras e portões com cadeado. Um dos itens mais essenciais para preservar a vida de alunos e funcionários em situações de emergência está pendurado discretamente nas paredes: os extintores de incêndio. Embora muitas pessoas nem percebam sua presença no dia a dia, esses equipamentos fazem parte de uma linha de defesa fundamental contra tragédias maiores.

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Por que extintores são obrigatórios em escolas?

O uso de extintores em escolas não é opcional. Eles são exigidos por lei, com respaldo do Corpo de Bombeiros, de normas técnicas como a NBR 12693, e da legislação estadual e municipal em cada região do Brasil. Essas normas estabelecem não apenas que o extintor deve estar presente, mas que também precisa ser o tipo certo, estar carregado, com validade atualizada e acessível para uso rápido.

Toda escola, seja pública ou privada, é considerada um local de concentração de pessoas. Com isso, os riscos em caso de incêndio aumentam drasticamente. Um curto-circuito em um ventilador, um laboratório de ciências mal supervisionado ou até mesmo uma fritadeira na cozinha podem ser o estopim para uma situação perigosa.

Tipos de extintores mais usados em escolas

Cada tipo de extintor serve para um tipo de material inflamável. Nas escolas, o mais comum é ter mais de um modelo espalhado pelos ambientes:

  • Extintor de água pressurizada: indicado para materiais sólidos como papel, madeira e tecido. Ideal para salas de aula e corredores.
  • Extintor de CO2 (dióxido de carbono): utilizado para equipamentos elétricos. Essencial para salas de informática e setores administrativos.
  • Extintor de pó químico: combate focos em líquidos inflamáveis e também em equipamentos energizados. Pode ser usado em cozinhas e laboratórios.
  • Extintor de espuma mecânica: menos comum em escolas, mas útil em locais com risco de derramamento de óleo ou produtos inflamáveis líquidos.

É sempre importante que haja uma sinalização clara informando qual tipo de extintor está instalado e para que tipo de fogo ele é indicado.

Posicionamento correto e manutenção dos extintores

Não basta apenas ter os extintores, eles precisam estar:

  • Instalados em locais visíveis
  • Fixados a uma altura média de 1,60 m do chão até o suporte
  • Sem obstruções à sua frente
  • Com sinalização de emergência clara
  • Periodicamente vistoriados e recarregados

A validade de um extintor é geralmente de um ano. Após esse período, ele deve passar por recarga, mesmo que não tenha sido utilizado. Além disso, o local precisa contar com um responsável técnico, geralmente um profissional terceirizado especializado em segurança contra incêndios.

Riscos reais enfrentados por escolas

Ao contrário do que muitos imaginam, escolas não estão isentas de incêndios. Existem diversos casos documentados:

  • Em 2022, uma escola pública em São Paulo teve parte do prédio consumido pelo fogo após um ventilador superaquecer.
  • Em 2019, um colégio particular do Rio Grande do Sul precisou evacuar 200 alunos quando um forno da cantina começou a soltar fumaça e causou princípio de incêndio.

Esses são apenas dois exemplos entre centenas de situações semelhantes no país. Mesmo que os danos materiais possam ser recuperados, a segurança de crianças e adolescentes em momentos como esses depende da resposta rápida com equipamentos como o extintor.

Treinamento da equipe e simulações de evacuação

Outro fator indispensável é garantir que professores, inspetores e até alunos saibam o que fazer em caso de emergência. Isso significa investir em:

  • Treinamentos periódicos com simulação de incêndio
  • Orientações sobre como usar o extintor corretamente
  • Realização de simulados de evacuação
  • Criação de rotas de fuga bem sinalizadas

Muitos profissionais da educação relatam que nunca receberam treinamento adequado, o que é um grande risco em momentos críticos. A escola deve manter contato com empresas especializadas que forneçam cursos presenciais de primeiros socorros e combate a incêndios.

Quem fiscaliza e como denunciar irregularidades?

A responsabilidade por verificar se uma escola está com os extintores em dia é do Corpo de Bombeiros Militar, que emite o Auto de Vistoria (AVCB). Esse documento atesta que a edificação está adequada às normas de segurança contra incêndio.

Caso haja irregularidades, como extintores vencidos, danificados ou mal posicionados, qualquer pessoa pode fazer uma denúncia anônima. Basta entrar em contato com o número 193 e relatar o ocorrido. Essa atitude pode evitar tragédias.

Dicas para garantir a segurança com extintores em instituições de ensino

Para que a presença dos extintores realmente traga segurança, é importante seguir algumas dicas práticas:

  • Revise a validade a cada semestre, mesmo que o prazo seja anual
  • Evite objetos na frente do equipamento
  • Atualize o treinamento da equipe a cada novo semestre letivo
  • Sinalize claramente o local dos extintores
  • Tenha modelos diferentes nos locais corretos
  • Contrate empresas certificadas para a recarga dos equipamentos

Se sua escola terceiriza a manutenção dos extintores, exija nota fiscal, selo do INMETRO e relatório técnico da recarga. Isso assegura que o serviço foi feito corretamente e reduz o risco de extintores ineficazes.

O papel das famílias na cobrança por segurança

Pais e responsáveis também podem e devem ser agentes de fiscalização. Ao visitar a escola:

  • Observe se há extintores em todos os andares
  • Verifique se estão com o selo de validade atualizado
  • Veja se os corredores têm sinalização de emergência
  • Pergunte sobre treinamentos e evacuações

Muitas vezes, a gestão escolar prioriza a reforma da quadra ou a pintura das paredes e esquece da prevenção, que é invisível até o momento em que se faz necessária. Uma conversa franca com a direção pode incentivar melhorias.

O que diz a legislação brasileira

A Lei 13.425/2017, também conhecida como Lei Kiss, reforça a obrigatoriedade de medidas preventivas contra incêndios em locais com grande circulação de pessoas. Embora tenha sido motivada por casas noturnas, a norma se aplica a escolas e universidades.

Além disso, cada estado brasileiro possui seu próprio regulamento. No estado de São Paulo, por exemplo, o Decreto 63.911/18 exige que todas as escolas públicas e privadas apresentem o AVCB válido para funcionamento. Sem esse documento, a escola está em situação irregular.

Casos em que os extintores salvaram vidas

Há registros de professores e funcionários que conseguiram controlar pequenos incêndios com o uso de extintores antes que os bombeiros chegassem. Em um colégio de Belo Horizonte, uma inspetora agiu rapidamente ao ver fumaça saindo da sala dos computadores e evitou que o fogo se alastrasse. O uso correto do extintor fez toda a diferença.

Essas histórias mostram que, quando utilizados corretamente, esses equipamentos são decisivos na proteção do ambiente escolar.

Como saber se um extintor é confiável?

Antes de confiar a segurança de dezenas ou centenas de alunos a um extintor, é preciso garantir que ele esteja em boas condições:

  • Cheque o lacre de segurança
  • Observe se a pressão está dentro da faixa verde
  • Veja se há certificação do INMETRO
  • Verifique o selo de validade da recarga
  • Confirme se não há ferrugem ou vazamentos

Ao menor sinal de irregularidade, o equipamento deve ser substituído imediatamente.

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Equipe de Redação ENEMRedação ENEM.Net

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